O início da Fizz, que aconteceu entre 2012 e 2013, coincide com o início de uma verdadeira revolução no mercado de influência.


Há uma década atrás, influenciar estava bastante relacionado às celebridades da TV, que em ações de merchandising apareciam consumindo produtos como batons, sabonetes ou serviços bancários. Era algo mais distante, porque ninguém tinha acesso à vida real do artista, e o produto era incorporado ao lifestyle de um personagem. Influenciar era algo mais aspiracional.


5 anos depois, com a sofisticação dos smartphones e o surgimento das redes sociais, como Instagram e Pinterest, o grupo de influenciadores começou a ganhar voz ativa e aumentar sua influência no mercado publicitário. Cenários paradisíacos, com looks do dia de cair o queixo e aparências perfeitas, transformaram o conteúdo postado na inspiração diária dos seguidores.


Era a era das musas fitness digitais, que incentivavam a busca pelo corpo perfeito, do desfile no cotidiano de peças grifadas, da ostentação pautada no estilo de vida dos influenciadores nativos digitais.

Em se tratando de mercado publicitário, ainda havia muito caminho a percorrer: conteúdos muito posados, poucas métricas para balizamento dos resultados obtidos com as campanhas, e ainda baixo investimento por parte das empresas.


A partir de 2018, o mercado de influência ganha mais corpo, mais investimentos. Um novo período se inicia, onde o que mais importa é mostrar a realidade e engajar a audiência através de informação e conteúdo produzido. Novas redes sociais surgem, como o TikTok, que privilegia o anônimo e valoriza a cultura do absurdo. O funil de conversão tem suas fases bem definidas, indo do awareness até a conversão. As métricas se tornam mais detalhadas, são apresentadas praticamente em “real time”. Influenciadores e criadores de conteúdo ganham ainda mais autoridade, e representam toda a diversidade da sociedade.


A pandemia veio então para catalisar algumas mudanças que as redes sociais já davam sinais, como a tendência das fake News pelo excesso de informação, a cultura do cancelamento e momentos de necessidade de um detox digital.


O Brasil já assumiu a posição de primeiro lugar, passando a China, em influenciadores que mais convertem em vendas. Com mudanças tão rápidas e significativas que ocorreram nos últimos 10 anos, fica a pergunta: como serão os próximos 5 anos deste mercado que cresce tão acelerado?


Postado em 28/10/2021, por Priscila Pádua.