A coopetição é uma estratégia interessante para ser analisada no momento atual. Combinando aspectos tanto da cooperação quanto da competição, as empresas estão apostando nessa tática com o objetivo de ajudar em questões sociais e ambientais urgentes.


As marcas fazem um papel de suma importância na propagação e adoção de práticas de sustentabilidade. Focar seus esforços em auxiliar nestas questões, em vez de levar em consideração a rivalidade entre empresas concorrentes é o que chamamos de coopetição.


Os consumidores também estão alinhados com a expectativa de uma empresa entrar em colaboração com outra com o propósito de um objetivo em comum em mente. De acordo com uma pesquisa da Thompson, 86% dos consumidores acreditam que todos nós deveríamos colaborar para solucionar os problemas do mundo e 89% concordam que empresas, países e indivíduos deveriam trabalhar em conjunto para enfrentar a crise ambiental. É isso que as grandes marcas estão buscando agora.


No dia 3 de Junho, por exemplo, foi lançada a Business Alliance for Scaling Climate Solutions (Aliança de negócios para Soluções Climáticas em ascensão, em livre tradução) com presenças de grandes marcas como Amazon, Disney, Google, Microsoft, Netflix e Unilever. Outras iniciativas internacionais como o CircularID, com marcas do universo fashion e o The Climate Pledge, liderado pela Amazon, que é considerado o Acordo de Paris para as marcas. Este acordo é um tratado mundial que possui o objetivo de reduzir o aquecimento global.


Adotar a prática de trabalhar junto com a empresa rival pode render alguns benefícios à sua empresa, como por exemplo: redução de custos, inovações tecnológicas, desenvolvimento de know-how e expansão. Claro que, junto a tudo isto, vem o desafio de colocar funcionários de empresas competidoras para trabalhar juntos, mas deixar claro que é uma situação temporária ajuda a acalmar os ânimos dos colaboradores. Outros riscos incluem compartilhamento de dados estratégicos ou aumento na preferência de uma empresa do que a outra, porém são riscos que geralmente valem a pena.


A competição das marcas ainda é vigente para o mercado do consumidor, porém a união destas forças, a fim de atingir um propósito muito maior, é o que se espera do posicionamento das marcas quando falamos de responsabilidade social.

Fonte: Wunderman Thompson e Sustentável Blog

Postado em 15/06/2021, por Pedro Copolillo