De cinco em cinco anos, uma cidade inédita do mundo é escolhida para sediar a Exposição Universal, um dos maiores e mais antigos eventos do planeta. 

Dubai foi escolhida para ser a sede do evento em 2020, porém, com a crise sanitária causada pela COVID-19 o evento foi adiado, e teve a sua inauguração em 2021, se tornando o primeiro grande evento pós-pandêmico do mundo. 

O tema deste ano é “Conectando mentes, criando o futuro", a maior feira internacional do mundo conta com a participação de 200 países, e  apresenta projetos arquitetônicos, tecnologia e mobilidade urbana guiados pela sustentabilidade. A expectativa é de que 25 milhões de pessoas visitem os pavilhões durante o funcionamento da edição. 


Marcado por grandes projetos arquitetônicos sustentáveis, o ambiente foi pensado para trazer o melhor conforto térmico - já que o evento foi sediado na cidade mais quente do mundo. O evento foi dividido em três pavilhões principais: 


O pavilhão Terra, representou a sustentabilidade com o seu formato de árvore e mais de 4 mil painéis de energia solar. 


Alif, que representa a primeira letra do alfabeto árabe, trouxe projetos e tecnologias que devem melhorar a mobilidade de forma sustentável em um futuro próximo. 


Missão possível”, ficou soluções para melhorar a qualidade de vida da humanidade.


Esses prédios culminaram no grande domo Al Wasl, que em uma tradução literal do árabe significa "conexão". Bem alinhado com o tema, não é? 


Além das estruturas colossais dos prédios, a tecnologia se fez presente. Não apenas transformando a visita à exposição em uma experiência imersiva, e um pouco mágica com suas projeções, mas também em projetos que podem mudar a experiência humana na terra, como a iniciativa de “boas práticas globais” que incentiva o uso da tecnologia para resolver problemas crônicos como fome, mapeamento de doenças, melhor aproveitamento da água e educação. 


Outro projeto que levou o uso da tecnologia a outros níveis foi o pavilhão do Reino Unido. Projetado por Es Devlin - primeira mulher a projetar o pavilhão do país, a artista britânica é reconhecida por criar projetos luminosos e cenários para grandes artistas, como Beyoncé e Adele - chamou atenção pelo poema exibido por meio de LEDs em ripas de madeira dispostas em um círculo em uma das extremidades do prédio. 


A parte especial deste projeto não foi a instalação em si, e sim como o poema projetado foi escrito! Uma inteligência artificial foi criada e previamente treinada com milhões de versos de poesia. A partir da escolha de uma única palavra selecionada por um dos visitantes do pavilhão, a IA criou o que Devlin chama de “Mensagem Coletiva”. A mensagem é exibida em inglês e árabe.


A exposição continuará aberta até maio de 2022, e está servindo de inspiração para a construção de um mundo mais sustentável e conectado, além de inovação para os eventos de experiência. 


Postado em 22/12/2021, por Beatriz Goes.