Em 2019 uma das campanhas digitais que mais fez sucesso no mundo e que gerou um buzz para a marca, estrelou um jogador de futebol inglês aposentado olhando fixamente para a lente da câmera e falando sobre a luta contra a malária. O anúncio alcançou cerca de 800 milhões de impressões e o ponto que mais chamou atenção das pessoas foi o fato do jogador aparecer falando 9 idiomas em 55 segundos.
Porém, o jogador afirmou que não fala 9 idiomas diferentes e o truque linguístico só foi possível graças à inteligência artificial. A mídia sintética é um fenômeno em ascensão em que as empresas unem tecnologia e inteligência artificial para construir ou replicar a imagem de pessoas, e com isso moldar sua personalidade, visual e até mesmo o seu idioma.
Segundo dados da Meta, as suas plataformas digitais já abrigam cerca de 200 VIs (influenciadores virtuais), com 30 contas de VI certificadas hospedadas no Instagram. Esses influenciadores possuem bases de seguidores que colaboram com algumas marcas e arrecadam fundos para grandes organizações, como a OMS, e defendem, muitas vezes, as causas sociais.
Apesar de revolucionária, a mídia sintética também traz alertas importantes e um ponto de atenção; muitos usuários podem usar essa tecnologia de forma mal-intencionada para compartilhar “deep fakes” ou representações falsas de pessoas reais, para enganar ou desinformar os seus seguidores. Mas apesar do lado negativo, ela vem sendo muito usada por marcas e organizações para campanhas de marketing.
Para a tecnologia, o céu não é o limite! Muitas marcas já estão estudando a possibilidade de criarem novos personagens e incorporarem seus valores na personalidade desse influenciador digital virtual, algo que já vem sendo visto no universo do Metaverso. À medida que esse ecossistema cresce, novas oportunidades para marcas e influenciadores surgem.